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A GANÂNCIA NÃO TEM LIMITES

 

Recentemente foram divulgados os resultados do BancoBPI referentes a 2018 e processados os aumentos salariais acordados com a FEBASE/UGT.

Quanto aos resultados, são estrondosos, 490,6 Milhões de Euros, com um ganho de 0,34 Euros por acção, representando cerca de 23% do rendimento do capital. Contudo, olhando para os números apresentados e algumas práticas do Banco são de assustar:

Depósitos a rondar os 23 mil Milhões de Euros, com custos médios de 0,07 % (irrisórios), é preciso dar nesta matéria grande atenção aos valores da inflação, senão podem matar a galinha dos ovos de oiro;
Comissões líquidas de 277milhões de Euros, com um aumento de 5,6 %, já são superiores aos custos com o pessoal incluindo a administração e tornaram-se insuportáveis pelos clientes;
Foi reduzido em 10 o número de balcões, diminuindo a presença do Banco;
O número de trabalhadores reduziu para 4888, não dando o Banco qualquer explicação ao aumento expressivo de trabalhadores nalguns locais de trabalho;
Os custos com o pessoal reduziram em 21 milhões de Euros menos 8,3 %;
Apropriação do valor da reforma da Segurança Social, ou parte, aos trabalhadores que obtiveram esse direito fora do âmbito da prestação de trabalho na Banca mesmo depois de decisões dos tribunais em contrário e em muitas outras situações;
A liquidação das acções dos pequenos accionistas, incluindo porventura aqueles que se tornaram accionistas, fruto de acções disponibilizadas aos trabalhadores quando da privatização do Banco em que trabalhavam, feita já em 2019 com data-valor de 27 de Dezembro de 2018, configura mais uma prática de rapina;
Neste quadro importa a observância da legislação laboral, da contratação colectiva, do código de conduta e de grande seriedade e serenidade, para acautelar direitos e a nossa dignidade.

Quanto aos aumentos salariais acordados com a UGT, os mesmos não tiveram em atenção a inflação, os ganhos de produtividade, a redução do poder de compra desde 2010, o roubo de um ano de salário na contratação colectiva de 2016 e o momento alto nos resultados do Banco;

Como atrás se disse os custos com o pessoal diminuíram 21 milhões de Euros com um aumento salarial de 0,75%, mesmo que a proposta de aumento salarial do SINTAF (cerca de 5%) tivesse sido aceite os referidos custos teriam diminuído 11 milhões de Euros;

Como se verifica, estas práticas, ilegítimas e ilegais, não merecem dos organismos de regulação (Banco de Portugal, Banco Central Europeu, CMVM, Autoridade para a Concorrência) qualquer reparo, inserem-se no quotidiano do Capitalismo. Compete aos trabalhadores e às suas organizações de classe dar combate a estes atropelos.

Precisamos de defender os postos de trabalho e melhorar as nossas condições de vida e de trabalho – Adere ao SinTAF – Sindicato dos trabalhadores da actividade financeira – membro da CGTP.

 

Pela dignidade! Não ao empobrecimento!

ADERE AO SinTAF!

Lutar por melhores condições de vida e trabalho.

O trabalho e os trabalhadores têm de ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
É o primeiro acto de participação sindical de um trabalhador.

Ter voz activa nos locais de trabalho e na sociedade

O SINTAF possibilita aos trabalhadores seus associados ter uma voz activa capaz de representar e defender o colectivo de trabalhadores.
O desequilíbrio existente na relação de forças entre a administração e os trabalhadores é reduzido se estes estiverem sindicalizados.

 

 

Combatemos a precariedade

Os trabalhadores com vínculos precários vivem entre o despedimento fácil e a não renovação do contrato de trabalho - são vítimas de ameaças constantes - sujeitos a diversos constrangimentos, chantagens e perseguições - estão mais expostos à exploração laboral e a salários mais baixos. Trabalham e vivem com medo de serem substituídos. A resolução dos problemas dos trabalhadores passa pela sua unidade, organização e pela contratação colectiva que o SINTAF propõe.

O trabalho e os trabalhadores devem ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
A sindicalização é o primeiro acto responsável do trabalhador.