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Negociação do Novo Acordo de Empresa do SinTAF para os

Trabalhadores do Banco de Portugal

Aos Trabalhadores do Banco de Portugal:

Após a Administração do Banco de Portugal ter denunciado unilateralmente o Acordo de Empresa, o SinTAF tem vindo a tentar negociar o novo A.E. para o Banco de Portugal, neste sentido, viu-se na contingência de enviar uma carta à Administração chamando à atenção para o facto de 2 meses após ter sido enviado a nossa contraproposta, ainda não ter havido qualquer resposta a nossa missiva, nem ter havido qualquer indicação por parte da instituição da intenção de responder ou iniciar o processo negocial.

Após cinco dias da recepção da nossa carta, foi-nos enviado pelos Recursos Humanos do Banco de Portugal e por e-mail um documento que segundo o que nos é indicado, será o acordo negociado com outros Sindicatos. A ser verdade tal afirmação, compete aos trabalhadores, sindicalizados ou associados desses sindicatos, tirarem aos suas conclusões e agirem como muito bem entenderem.

Quanto ao SinTAF, achamos estranho, que neste pretenso processo negocial, não surjam como resposta ás nossas contra propostas, nova proposta do Banco de Portugal, a que se seguiriam novas propostas da nossa parte com vista a um possível entendimento comum. Seria esta a forma sensata de negociar um acordo que terá consequências directas sobre a organização da vida e do trabalho destes trabalhadores, mas não. Pela segunda vez, o Banco insiste em apresentar um novo suposto acordo que não dá continuidade às nossas propostas até à concretização final das negociações entre o SinTAF e o Banco de Portugal para um novo A.E., sendo que o actual A.E. se mantêm em vigor.

O SinTAF, mais uma vez irá realizar reuniões com os trabalhadores com o seguinte calendário:

Edifício Portugal Sede Edifício Castilho Filial do Porto Edifício do Carregado
Dia 3 Jan

pelas 15h

Dia 4 Jan

pelas 10:30h

Dia 4 Jan

pelas 15h

Dia 5 Jan

pelas 15h

Dia 8 Jan

pelas 15h

Estas reuniões têm por vista prestar esclarecimento aos trabalhadores acerca do processo negocial do SinTAF em curso, bem como a recolha de contributos que uma vez mais, sirvam para o enriquecimento do nosso/vosso Acordo de Empresa

Numa instituição onde cada vez são exigidas mais competências e mais elevados conhecimentos, achamos estranho que, se pretendam retirar direitos e enveredar por um retrocesso a tempos recentes em que uma onda ultra liberal se apoderou do nosso país tentando aniquilar a contratação colectiva e consolidar o retrocesso nos direitos de quem trabalha, como se tal fosse também uma “inevitabilidade” e correspondesse a uma melhoria de vida dos trabalhadores,

O Banco de Portugal continua a surfar essa onda, senão vejamos: faz sentido a Entidade Reguladora do Sistema Bancário Português, explorar e empobrecer os trabalhadores, com as seguintes medidas propostas:

  • Abolição do Sábado como dia de Descanso, (regredindo mais de meio século, antes até da própria “semana Inglesa”),
  • Eliminação do Prémio de Antiguidade para os novos Trabalhadores (desvalorização a quem dedicou o seu trabalho ao Banco de Portugal, abdicando de aceitar melhores ofertas de trabalho),
  • Eliminação das Promoções por Mérito depois de permanência de seis anos com avaliação positiva (desvalorização da carreira profissional e de valorização do trabalho),
  • Eliminação das Anuidades,
  • Corte nos 3 primeiros dias de Baixa,
  • Redução da Isenção de Horário, etc

O Banco de Portugal que já foi uma referência na gestão dos Recursos Humanos, tornou-se agora e assume-o, como uma Instituição que pretende seguir as referências da Banca Comercial, tendo em consideração o que se passou e se passa nestas instituições, não nos parece sensato seguir este mau caminho

No sistema bancário, o Banco de Portugal deveria focar-se no papel de Entidade Reguladora e não se equiparar à restante banca. A nível interno criar padrões próprios de gestão dos seus recursos, com vista a obtenção da excelência, demonstrando assim a competência real dos seus gestores de recursos humanos, deixando de ser um mero imitador do que de mau se faz na Banca Comercial.

Pela Defesa Do AE Do Banco De Portugal!!

Pela Defesa Dos Postos De Trabalho E Dos Trabalhadores!!

Por Condições De Trabalho Dignas E Com DIREITOS!!!

ADERE AO SinTAF!

Lutar por melhores condições de vida e trabalho.

O trabalho e os trabalhadores têm de ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
É o primeiro acto de participação sindical de um trabalhador.

Ter voz activa nos locais de trabalho e na sociedade

O SINTAF possibilita aos trabalhadores seus associados ter uma voz activa capaz de representar e defender o colectivo de trabalhadores.
O desequilíbrio existente na relação de forças entre a administração e os trabalhadores é reduzido se estes estiverem sindicalizados.

 

 

Combatemos a precariedade

Os trabalhadores com vínculos precários vivem entre o despedimento fácil e a não renovação do contrato de trabalho - são vítimas de ameaças constantes - sujeitos a diversos constrangimentos, chantagens e perseguições - estão mais expostos à exploração laboral e a salários mais baixos. Trabalham e vivem com medo de serem substituídos. A resolução dos problemas dos trabalhadores passa pela sua unidade, organização e pela contratação colectiva que o SINTAF propõe.

O trabalho e os trabalhadores devem ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
A sindicalização é o primeiro acto responsável do trabalhador.