Aos Trabalhadores do Banco de Portugal:
O SinTAF, conforme anunciado, levou a cabo mais uma ronda de reuniões com os Trabalhadores, com o intuito de dar a conhecer o ponto da situação relativamente às negociações em curso entre este Sindicato e a Administração do Banco de Portugal, no que toca à assinatura dum novo AE.
Após esta ronda de contactos, saiu reforçada a nossa convicção e a nossa determinação de não assinar o acordo que nos querem impor e que foi acordado com outros sindicatos do sector, que sem representar qualquer mais-valia em termos económicos, sociais ou organizacionais/funcionais, tenta retirar direitos adquiridos atacando fortemente conquistas civilizacionais e avanços sociais que se apresentaram sempre como uma mais-valia para uma entidade de referência do País.
Parece-nos estranho que o Banco de Portugal que goza de uma autonomia e independência sem qualquer paralelo em Portugal, seja a defensora desta via miserabilista, que representa um modelo de gestão de recursos humanos que consideramos indigna da instituição que servimos e dos trabalhadores que nesta laboram.
Vamos continuar a negociação do nosso AE com o objectivo claro de manutenção dos Direitos anteriormente consagrados e se possível a melhoria dos mesmos, porque o Banco de Portugal é um Regulador e não um Banco Comercial cujo objectivo é a obtenção do lucro para os seus accionistas como política principal da sua acção.
Podem os Trabalhadores do Banco de Portugal, continuar a contar com o apoio do SinTAF na defesa do que por direito próprio se conseguiu conquistar ao longo de décadas, o retrocesso que se pretende alcançar com este novo AE acordado entre o Banco de Portugal e outros sindicatos é intolerável, inquietante e incompreensível, só podendo ser analisado numa vertente ideológica e nunca numa perspectiva de Gestão.
Na Sociedade Portuguesa a discussão sobre a Legislação laboral, o fim da caducidade das convenções colectivas, e a recuperação de direitos recentemente perdidos pelos que trabalham, está novamente na ordem do dia. Estaremos inseridos neste processo de discussão pública com a mesma disposição e sentido de compromisso que nos tem distinguido e um sentido do conceito de Sindicalismo que faz de nós um Sindicato em que a razão da nossa força terá que ser a força da nossa razão.
Resistir, a estas novas investidas que visam fragilizar e dividir os Trabalhadores desta Instituição, contará sempre com a nossa frontal oposição, oposição essa mais forte e capaz quanto mais forte e capaz for a representatividade e o apoio que os Trabalhadores nos derem.
SINDICALIZA-TE NO SinTAF!
A ÚNICA LUTA QUE SE PERDE É AQUELA EM QUE ABDICAMOS DE LUTAR!