SINTAF     -     Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira - sintaf@sintaf.pt     -    Telef. 935 700 782

Camaradas,
Saúdo a União dos Sindicatos de Aveiro,
O Congresso da União dos Sindicatos de Aveiro e todos os presentes,
A luta e coragem dos trabalhadores do Distrito de Aveiro.

A banca portuguesa continua a registar lucros desproporcionados ao País. Em 2023 foram mais de 12 milhões por dia.

Uma parte dos lucros são gerados com juros altos nos empréstimos e baixos nos depósitos. Como se isso não bastasse cobram comissões altíssimas para qualquer acto bancário.
A outra parte dos lucros são conseguidos com cargas horárias excessivas, objectivos quase impossíveis e muito assédio sobre os trabalhadores.

Aos ricos e abastados, há isenções de comissões, e taxas de juros mais baixas para os empréstimos.
Apesar de lucros fabulosos, os bancos, fecharam balcões, despediram trabalhadores, reduziram o serviço a população, digitalizaram o dinheiro.

Depois de anos de aumentos nulos para os trabalhadores bancários, com o uma inflação superior aos 4%, as propostas dos patrões de actualização salarial não ultrapassa 3.0%, havendo bancos a propor valores de 2%.

Em contrapartida, as administrações, por seu turno, autoaumentam-se com percentagens imorais insultuosas para quem trabalha, e que gera estes lucros. Só na Caixa Geral de Depósitos, desde 2016, os custos com os Órgãos de Gestão aumentaram 220,3%, (2.176M€ para 6.969M€) enquanto os custos com pessoal diminuíram 19,6%.

Temos administradores na Banca a ganhar 50 vezes mais que um gerente de balcão. Será necessária uma diferença tão grande?

Às Comissões de Trabalhadores é-lhes vedada toda a informação que são obrigados a entregar por Lei. Para os Sindicatos enviam informação rasurada escondendo-se no RGPD e nas regras da livre concorrência. Quando questionados ainda se sentem ofendidos.

Na banca portuguesa o assédio moral, horas extraordinárias não pagas, deslocações para outros locais de trabalho estranhamente longe continuam na ordem do dia, tal como há 30 anos atrás. Contudo, há 30 anos atrás um trabalhador quando entrava na banca no nível 4 com um salário de 72.500$00 enquanto o salário mínimo era de 35. 000$00. Hoje com o salário mínimo nos 820€ o nível 4 apresenta o valor de 770€.

Camaradas,
Todos os meios são importantes na luta por melhores salários, por melhor saúde e educação. As acções de luta na rua e nas empresas, com panfletos, com bandas desenhadas, mas também disponibilizar na Internet todas as ações, todos os panfletos, nas páginas, ou nas redes sociais e aplicações comunicação multiforme, como o Telegram ou o Whastapp, ou o Discord. Muitos trabalhadores no meio de vídeos com gatinhos fofos, depois de um dia de trabalho, verão algo que remotamente os poderá ajudar a galvanizar para a luta.

A comunicação com os trabalhadores tem de se diversificar e reinventar

Esta presença é fundamental para podermos chegar a mais trabalhadores, muito deles fustigados pelos mass media servis ao grande capital, onde imbecilidade e a estupidificação da população reina.

Viva a União dos Sindicatos de Aveiro!
Viva os trabalhadores portugueses!
Viva a CGTP-Intersindical Nacional!
Aveiro, 28 de Junho de 2024

 


 

Lutar por melhores condições de vida e trabalho.

O trabalho e os trabalhadores têm de ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
É o primeiro acto de participação sindical de um trabalhador.

Ter voz activa nos locais de trabalho e na sociedade

O SINTAF possibilita aos trabalhadores seus associados ter uma voz activa capaz de representar e defender o colectivo de trabalhadores.
O desequilíbrio existente na relação de forças entre a administração e os trabalhadores é reduzido se estes estiverem sindicalizados.

 

 

Combatemos a precariedade

Os trabalhadores com vínculos precários vivem entre o despedimento fácil e a não renovação do contrato de trabalho - são vítimas de ameaças constantes - sujeitos a diversos constrangimentos, chantagens e perseguições - estão mais expostos à exploração laboral e a salários mais baixos. Trabalham e vivem com medo de serem substituídos. A resolução dos problemas dos trabalhadores passa pela sua unidade, organização e pela contratação colectiva que o SINTAF propõe.

O trabalho e os trabalhadores devem ser valorizados e não tratados como peças descartáveis.
A luta dos trabalhadores continua a ser, como sempre, elemento decisivo para resistir, defender, repor e conquistar direitos.
A sindicalização é o primeiro acto responsável do trabalhador.